Wlaumir Souza.
A Constituição cidadã tem, em sua origem, como um de seus vértices o acento na participação popular como forma cabal de negar o período da Ditadura Militar no Brasil. De 1988 até hoje, o Leviatã que poderia ser controlado pelo “participacionismo” – onde a questão orçamentária seria apenas um dos pontos privilegiados como modo de se alçar vôos cada vez maiores na cidadania plena – vê se cada vez mais próximo das sentenças do Príncipe de Maquiavel em meio ao Espírito das Leis. Uma mescla típica da Terra Brasílis onde em tudo se misturando de moderno e contemporâneo muito se mantém de tradicional. Todavia, desafiando este tradicionalismo modernizador avesso ao contemporâneo explícito – este quase um palavrão ouvido pelas pessoas recatadas das primeiras décadas de 1900 – os odiernos manifestantes, vândalos e outros cidadãos se levantam forçando o progresso passar à frente da ordem.
A Constituição cidadã tem, em sua origem, como um de seus vértices o acento na participação popular como forma cabal de negar o período da Ditadura Militar no Brasil. De 1988 até hoje, o Leviatã que poderia ser controlado pelo “participacionismo” – onde a questão orçamentária seria apenas um dos pontos privilegiados como modo de se alçar vôos cada vez maiores na cidadania plena – vê se cada vez mais próximo das sentenças do Príncipe de Maquiavel em meio ao Espírito das Leis. Uma mescla típica da Terra Brasílis onde em tudo se misturando de moderno e contemporâneo muito se mantém de tradicional. Todavia, desafiando este tradicionalismo modernizador avesso ao contemporâneo explícito – este quase um palavrão ouvido pelas pessoas recatadas das primeiras décadas de 1900 – os odiernos manifestantes, vândalos e outros cidadãos se levantam forçando o progresso passar à frente da ordem.
Em
meio a esta mescla típica da Terra Brasílis, vemos de tudo um pouco, mas mais
do moderno do que do contemporâneo, onde o “Príncipe”, o “Leviatã” e o “espírito
das leis” se chafurdam no Novíssimo Regime Democrático. Assim vemos dois Lulas
e FFHH. O segundo solicitou que esquecessem o que produziu como acadêmico em
nome da política partidária administrativa; o primeiro, contrariamente ao que
todos acreditavam revelou que o partido ao qual pertence nunca foi marxista.
Nada mais estrela que um tucano e nada mais tucano que uma estrela no modus
operandi da política nacional?
De
outra perspectiva, enquanto os trabalhistas defendiam acaloradamente o
orçamento participativo tendo como vitrine o governo de Porto Alegre; de modo menos
entusiasta mas seguindo a toada em ritmo de classe média os social-democratas
vinham logo atrás tateando entre a ação e as reticências. Em comum no tempo
presente, abandonaram o “participativo” e se locupletaram no temor do progresso
passar adiante da ordem.
Assim,
o medo venceu a esperança, não nas bases sociais dos partidos, das igrejas, dos
sindicatos e outros modos organizados ou não de participação. Mas, antes no “Príncipe”
– ou seria “Princesa” – que vê de modo saudosista o “Leviatã” mas não o
confessa diante do “espírito das leis”. Mas fica claro pelos silêncios e pela
tentativa de construir normas que diminuam a participação em praça pública.
Nada mais
temerário que o discurso da ordem pela paz social sem distribuição de renda e
sem participação pública do cidadão compartilhado em diferentes tons de cinza
pela esquerda e pela direita que assinam em uníssono o que os anarquistas já
alardeavam como escândalo do poder: se há governo, se é contra; ou, em forma
mais lapidar quem assume o governo passa de esquerda a simpatizante com as ideias
vermelhas, mas, como dono do poder, preservá-lo é a regra, e, simpatia política
é afago e não realização de cidadania plena.
Venceu o
Estado, venceu o mercado? O povo clama na praça que não!!! Apesar da dispersão
realizada hoje (22/02/2014) com mais policiais que manifestantes ficando os sussurros do
progresso que não se contentam com as ordens dos “príncipes” e dizem com todas
as letras – A primavera virá! Sem definir ou saber qual estação realmente esta
será.