quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Dr. Valter De Paula (1943-2016): uma vida dedicada à aprendizagem

Foi uma HONRA trabalhar, conhecer e conviver com D. Valter de Paula no Centro Universitário Barão de Mauá. Mesmo escrevendo honra com negrito, itálico e sublinhado ainda é insuficiente para dizer as qualidades deste ser humano nos esforços pela qualidade das relações humanas no ambiente de trabalho e pessoal.
Dr. Wlater era amigo de todos e todas. Sempre tinha uma palavra amiga, um conselho profissional ou um estímulo para se avançar no processo de ensino-aprendiagem, da dodiscência que tão bem analisa Paulo Freire.
Atento a todos e todas, as necessidades de professores, alunos e funcionários não media esforços para fazer do Centro Universitário Barão de Mauá, nos 40 anos que se dedicou a instituição, para fazer dela um reflexo, no presente, dos ideais defendidos por seus fundadores, em especial o Spinelli: um espaço democrático, mesmo diante de tantos autoritários; um espaço diverso, ainda que em face de tantos que gostariam de negar a essência da Universidade, no caso de Centro Universitário, um universo de diversidades de etnia, de gênero, de classes e de ideias e práticas.
Era mais que um administrador, era um cientista do cotidiano que fazia do sonho quase impossível uma possiblidade real.

Lembro-me do sorriso sempre afável com que ele nos recebia para atender, mais do que para ouvir, as demandas do cotidiano e do futuro da instituição. Em meio a estas memórias quero lembrar uma especial: a institucionalização do Grupo de Estudos e Pesquisas e Metodologia da Oralidade (NEPMO) pelo Centro Universitário Barão de Mauá.
Tivemos uma conversa informal, no corredor da instituição de ensino e pesquisa Barão de Mauá, sobre o meu desejo de formalizar o grupo, que já funcionava há uns dois anos, no curso de História, como extensão gratuita aos alunos e alunas de todos os cursos.
Dois meses depois ele me chamou à sua sala e me entregou o certificado de institucionalização do NEPMO e disse-me trabalhe tranquilo e continue estimulando nossos alunos a seguirem novos e mais belos projetos ao longo de suas vidas.
Assim era ele. Um patrocinador do ideal da aprendizagem. Por mais que esvreva será insuficiente para dizer a HONRA, a ALEGRIA  de ter podido conviver e ter sido um de seus alunos.
Não foi apenas, nós, os amigos e colegas de trabalho do Centro Universitáiro, além de seus maravilhosos filhos, que perdemos esta pessoa maravilhosa, foi a educação de Ribeirão Preto e do Brasil que se despede de um homem expetacular.
Ficam os ideais, as palavras e ações que tanto contribuíram para o avanço da aprendizagem plural de tendência universalista que tanto defendeu.
Siga paz!

OBRIGADO! OBRIGADO! OBRIGADO! 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Donald Trump: Cada nação tem o Temer que merece

Uma das características do neoliberalismo é a polarização social. Neste quesito Brasil e EUA estão igualados pelas últimas eleições presidenciais. Tanto em um como em outro País o neoliberalismo conseguiu recriar o medo da insuficiência de recursos para todos da nação. Não que isto tenha desaparecido do planeta que produz mais do que suficiente para não haver fome e miséria, mas, se acentuou a diferença e a distância entre as camadas sociais.
O Estado de liberalismo neoclássico que intervinha e tinha no Estado um dos produtores de classe média entra em declínio e, pior que isto, a ideia de redistribuição de renda via serviços públicos passa a ser propalado não como investimento, mas, antes e, sobretudo, como gasto. Neste ponto resta a classe média a desesperação do desamparo uma vez que, sobretudo no Brasil, os salários são insuficientes para a manutenção da posição de camada intermediária no mercado de trabalho privado.
Neste ponto a metáfora da barata e do inseticida ganha força e aterroriza os brasileiros que aspiram ser brazileiros.

A ascensão de Temer ao poder por meio de “golpe jurídico-parlamentar” legitimada pelas massas que aspiram aos píncaros do consumo, mais do que a cidadania, que saíram às ruas e militaram pela internet - característica esta que é compatível com o neoliberalismo que não precisa da democracia para reproduzir-se e, sim, da liberdade suprema do capital aos limites impostos pelo Estado defensor de sua nação. – é a outra face da moeda da eleição de Donald Tramp. Enquanto na Terra Brasilis a baixa qualidade da democracia permite o uso de instituições formais para retirar presidenta legitimamente sufragada; nos EUA, a eleição a eleição legítima tende a ser respeitada pelo congresso e judiciário.
Note bem, isto não quer dizer que Trump poderá fazer tudo o que reverberou durante a campanha. Em geral, um é o candidato e outro o administrador. Some-se a isto o fato de que o presidente eleito não detém o apoio amplo do partido pelo qual se candidatou. Mas, no Brasil isto causou furor nas redes sociais. As camadas médias foram pegas de surpresa, afinal, faria com elas Tramp o que faz Temer com as camadas abaixo das medianas?
E, assim, a metáfora da barata e do chinelo ganha outra conotação. Agora ameaçadora.
Para aqueles que não conhecem as “piadas” das baratas, vamos a elas. Se chinelo fosse partido a barata votaria nele. A barata festejando a invenção do inseticida.
Claro a barata é sempre uma camada abaixo. O problema é quando o inseticida ou chinelo está camadas acima.

Adeus  lúgubre 2016. Que venha 2017 com novas possibilidades.